COMPLEMENTOS

Para a elaboração do Atlas do Potencial Eólico da Paraíba, foram considerados os dados anemométricos de seis estações de medição, todas com características geométricas semelhantes, conforme apresentado na Tabela A.1. A metodologia envolve o processamento de dados brutos, filtragem, validação, organização, consolidação e compilação de todos os dados anemométricos. Conforme descrito na seção METODOLOGIA, esse processamento tem o objetivo de eliminar possíveis distorções causadas por eventuais diferenças entre o tempo de aquisição dos dados, falhas e lacunas nas séries temporais de dados anemométricos.

Foram empregadas metodologias e ferramentas desenvolvidas recentemente pela Camargo Schubert para o processamento de dados anemométricos. Na primeira etapa, os dados brutos foram pré-processados utilizando-se o software do datalogger de origem, a documentação de calibração dos instrumentos e os relatórios de instalação e manutenção das torres. Os dados de cada instrumento, de cada uma das torres, foram auditados, utilizando rotinas e algoritmos de validação. Foram feitas verificações gerais de integridade, sequência temporal e intervalo de variação dos registros, identificando-se, assim, possíveis falhas ou não conformidades.

A partir das análises de identificação das falhas de instrumentos e lacunas de dados, foram realizadas, quando possível, correções nos dados. Posteriormente, foram utilizados códigos proprietários para automatizar a organização, construção e acesso da base de dados assim compilada.

Após a organização dos dados, seguiram-se os trabalhos de análise, que consistiram no cálculo das estatísticas descritivas das medições de velocidade (médias e histogramas de frequências de ocorrência), cálculo das taxas de recuperação de dados, construção das rosas dos ventos de frequência e velocidades médias por direção, entre outras análises secundárias.

Nas próximas seções são apresentadas as estatísticas descritivas dos dados anemométricos, incluindo regimes diurnos e resultados do ajuste climatológico. O fluxograma sintético da metodologia adotada para o processamento dos dados anemométricos é apresentado na Figura A.1. As características geométricas das torres anemométricas estão relacionadas na Tabela A.1. Os modelos dos instrumentos utilizados são apresentados na Tabela A.2.